Confira as estreias de 18/6/2010


Confira as estreias de 18/6/2010

Destaque é 'Toy story 3', animação da Pixar com Woody e Buzz Lightyear.
'Em busca de uma nova chance' traz estrela de 'Educação' de volta às telas.

ATENÇÃO: As críticas a seguir são baseadas no julgamento da equipe de jornalistas do G1 e das agências de notícias parceiras do portal.

TOY STORY 3
(Toy story 3)
EUA, 2010 / Aventura 
Direção: Lee Unkrich
Vozes: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles. 
Crítica: 
"Toy story 3" chega aos cinemas e retoma a saga dos brinquedos falantes da Pixar, vistos pela última vez no segundo segmento da série, em 1999.A magia já não está intacta, o frescor da novidade acabou há um tempo. O filme, que estreia no país em cópias convencionais, 3D e IMAX (todos em versões legendadas e dubladas em português) nesta sexta-feira (18), dá alguns sinais de cansaço. A premissa básica nem é promissora a ponto de segurar um filme inteiro. Andy, o dono dos brinquedos, entre eles o caubói Woody e o astronauta Buzz, tem 17 anos, vai para a faculdade e tem de se desfazer deles. Resolve guardar todos no sótão, menos Woody, que levará com ele. Mas, por um engano da mãe de Andy, todos eles são doados a uma creche. Para segurar uma hora e meia de filme, há os desencontros, mal-entendidos e brigas típicos de uma comédia de erros. O bom uso do 3D serve para realçar cores, formas e volumes, ao invés de apenas dar a impressão de "atirar coisas contra o público". Mas, também, não é imprescindível que se veja o filme nesse formato, ou mesmo no IMAX. A projeção convencional está bem à altura do que é oferecido aqui. (Alysson Oliveira, do Cineweb)



EM BUSCA DE UMA NOVA CHANCE
(The greatest)
EUA, 2009 / Drama
Direção: Shana Feste
Elenco: Carey Mulligan, Susan Sarandon, Pierce Brosnan. 
Crítica: Antes mesmo dos créditos iniciais, Bennett morre num acidente de carro. Sua namorada, que estava ao seu lado, sofre apenas uma fratura no braço. Meses depois do desastre, ela bate na porta dos ex-futuros sogros em busca de abrigo durante sua gravidez. O pai a acolhe de braços abertos, enquanto sua mulher tenta fingir que a garota não está lá. Dirigido pela estreante Shana Feste, o filme teve sua primeira exibição no Festival de Sundance do ano passado e parece seguir um verdadeiro manual informal de instruções das obras que costumam ser consagradas naquele evento: o enredo inclui uma família disfuncional, fotografia desfocada, trilha sonora indie, redenção, uma lista de detalhes que, mal-resolvidos, engessam a história. No papel da mãe, Susan Sarandon é a única que consegue evitar boa parte das inconsistências da personagem e trazer dignidade para alguns momentos - mesmo quando, na cena seguinte, a diretora mergulha o filme num melodrama cada vez mais forçado. (Alysson Oliveira, do Cineweb)

KICK-ASS - QUEBRANDO TUDO
(Kick-ass)
EUA, 2010 / Ação
Direção: Matthew Vaughn
Elenco: Mark Strong, Nicolas Cage, Aaron Johnson. 
Crítica:  Baseado em uma HQ homônima (criada por Mark Millar), o filme do diretor inglês Matthew Vaughn ("Stardust - o mistério da estrela") consegue comover, ao mesmo tempo em que choca a plateia pela violência injetada a cada cena. Com seu roteiro, ele subverte a ideia de justiceiros, mostrando que, sim, os meios também justificam os fins. Kick-Ass é o alter-ego de Dave Lizewski, um jovem convencional que compra pela internet uma roupa vibrante e se sente capaz de lutar contra o banditismo. Ao mesmo tempo, Damon ensina a sua filha Mindy a não ter medo ou sentir dor frente ao perigo imediato. Os mundos colidem quando um vilão passa a perseguir o trio, já que a interferência deles está arruinando seus negócios. Com excelentes atuações, em especial a da jovem Chloe Moretz (que chacina e apanha de maneira perturbadora), a produção é mordaz sobre o mundo dos super-heróis dos quadrinhos. É também incômoda pela falta de escrúpulos. (Rodrigo Zavala, do Cineweb)

O PROFETA
(Un prophète)
França/Itália, 2009 / Drama
Direção: Jacques Audiard
Elenco: Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif. 
Crítica: Drama de prisão enérgico e vigoroso, "O profeta", do diretor francês Jacques Audiard, vem sendo consagrado desde sua primeira exibição, no Festival de Cannes 2009, de onde saiu com o Grande Prêmio do Júri, o segundo em importância. Conta a história de Malik El Djebena, um francês de origem árabe que é condenado aos 19 anos à sua primeira sentença de adulto, numa cadeia controlada pela máfia corsa. A entrada neste submundo dominado pela lei do cão é acompanhada pelo olhar de Malik, que, sozinho, mede suas forças contra essa esmagadora estrutura encontrada na prisão. Árabe não religioso, ele enfrenta a rejeição de sua própria comunidade, especialmente por ser capanga dos corsos. Estes, por sua vez, enxergam nele não mais do que um serviçal, que julgam incapaz de compreender qualquer coisa, inclusive sua língua. Retratando um universo em que a lei e a ordem são meras aparências, Audiard traça um sombrio retrato do mundo prisional francês sem banalizar ou glamourizar a violência. Há sequências de assassinato que são duras de assistir, mas contribuem para tornar claros o processo e o ambiente que produzem esta espécie de homens. (Neusa Barbosa, do Cineweb)

A JOVEM RAINHA VITÓRIA
(Young Victoria)
Reino Unido/Alemanha, 2009 / Drama
Direção: Jean-Marc Vallée
Elenco: Emily Blunt, Paul Bettany, Miranda Richardson.
Crítica: Vencedora do Oscar de figurino em 2010, "A jovem rainha Vitória" não se limita a apostar no luxo de uma cuidadosa produção de época. Atualizada pelo olhar do diretor canadense Jean-Marc Vallée, a soberana britânica que mais tempo reinou (64 anos) livra-se da aura de conservadorismo normalmente associada ao seu nome ao ser focalizada em sua juventude, antes da consolidação de seu mito. Prestes a completar 18 anos, Vitória é vista muito de perto, no seu quarto, de camisola, se trocando, brincando com seu cachorro, confessando seus temores às suas damas de companhia. Tudo isto, mais a opção de reforçar o lado romântico, seu namoro e casamento com o primo e príncipe Albert, completam a humanização da soberana. Depois de assistir ao filme, fica um pouco mais difícil lembrar a imagem física normalmente associada a Vitória, a matrona gorducha vestida de preto depois da viuvez, que ela viveu por 40 anos, a partir de 1861. Por outro lado, é mais fácil compreender o espírito da dama de ferro que conduziu o império britânico no auge de seu poderio. (Neusa Barbosa, do Cineweb)

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