Mãe fala do 'pesadelo' ao encontrar bebês no berço cobertas de sangue, e raposa ainda no quarto.
As gêmeas de nove meses de idadeatacadas por uma raposa dentro de sua casa, em um bairro do leste de Londres, permanecem internadas no hospital.
A condição das gêmeas permanece grave, mas estável. Uma das meninas foi transferida para o Great Ormond Street Hospital, especializado em crianças.
Lola e Isabella Koupparis foram atacadas às cerca de 22h de sábado (5).
As duas meninas sofreram ferimentos nos braços e uma delas teria sido mordida no rosto.
A mãe das gêmeas descreveu o "pesadelo" ao descobrir as meninas feridas dentro do berço e o animal ainda no quarto.
'Pesadelo'
"Era algo que eu jamais esperava que fosse acontecer, menos ainda com minhas lindas meninas", disse Pauline Koupparis à BBC.
"Era algo que eu jamais esperava que fosse acontecer, menos ainda com minhas lindas meninas", disse Pauline Koupparis à BBC.
Uma fonte da polícia disse que a raposa, aparentemente, entrou na casa por uma porta que estava aberta no andar térreo, antes de atacar as bebês no quarto, no segundo andar.
Paulin Koupparis disse que ouviu um barulho, descrito como "um choro engraçado, não um choro normal", vindo do quarto onde as gêmeas dormiam.
"Estava bastante abafado, mas parecia ser de dor. Entrei no quarto e vi sangue no berço de Isabella, achei que ela tivesse um sangramento no nariz", disse a mãe.
"Acendi a luz e vi a raposa. Ela ficou olhando para mim e nem parecia sentir medo."
"Comecei a gritar quando me dei conta de que Lola também estava coberta de sangue."
Acredita-se que a raposa tenha entrado pela porta que estava aberta por causa da temperatura quente, no sábado.
Os pais das meninas, Nick e Pauline, disseram que estavam vendo TV na hora do ataque.
Pauline disse que Lola estava em um estado "terrível".
"Um lado do rosto dela estava lindo. O outro, era algo como um filme de terror", disse.
Mas ela comentou que apesar do ataque, a bebê está "sorrindo e rindo para as pessoas".
"Isabella está em atendimento especial. Ela não está tão bem", acrescentou.
Joe Lobenstein, que foi prefeito de Hackney (distrito londrino onde as meninas foram atacadas), disse que já havia alertado as autoridades locais sobre raposas na área em 1983 e em 2000.
"Escrevi que raposas famintas podem ter comportamento imprevisível e me parece que em uma área de grande densidade populacional, onde há uma mistura de pessoas bastante idosas e bastante jovens, o problema devia ser levado a sério", disse ele.
Um porta-voz da autoridade local disse que não há indicações de que o bairro tenha mais raposas do que outras áreas de Londres.
Desde o incidente, as autoridades locais colocaram armadilhas para raposas no jardim da casa. Uma raposa foi encontrada em uma das armadilhas no domingo à noite e morta por um veterinário.
John Bryant, controlador de pestes especializado em raposas, disse que o ataque não condiz com o comportamento típico do animal.
"Elas entram na casa das pessoas, andam em volta, fazem bagunça no banheiro e às vezes até dormem nas camas se não houver ninguém por perto", disse ele.
"(O ataque) não faz nenhum sentido para mim."
Em 2002, a britânica Sue Eastwood afirmou que seu bebê, Louis, foi ferido quando uma raposa entrou na casa da família, em Kent, enquanto ela dormia.
O bebê de 14 meses de idade foi mordido na cabeça depois que o animal entrou pela sala da casa, em Dartford.
A presença de raposas em centros urbanos na Grã-Bretanha é comum. Especialistas estimam que cerca de 10 mil raposas vivem na capital britânica.
A RSPCA, sociedade britânica de proteção dos animais, disse entretanto que ataques de raposas a humanos são bastante raros.
Uma pesquisa realizada em 2001 pela ONG Mammal Society revelou que 80% dos londrinos gostam da presença das raposas na cidade.
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