Museu do Amanhã será feito com material reciclável, diz espanhol


Museu do Amanhã será feito com material reciclável, diz espanhol

Obra faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária.
Inauguração deve ocorrer no segundo semestre de 2012.

Santiago Calatrava posa, feliz, diante da maquete do Museu do Amanhã.Santiago Calatrava posa diante da maquete do Museu do Amanhã. (Foto: Bernardo Tabak/G1)
O arquiteto espanhol Santiago Calatrava mostrou, na tarde desta segunda-feira (21), detalhes do projeto do Museu do Amanhã, que será construído no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio. “O projeto prevê um museu totalmente autossuficiente. E vamos usar somente materiais recicláveis na construção”, frisou Calatrava. De acordo com a prefeitura, as obras começam no primeiro trimestre de 2011, com previsão de inauguração no segundo semestre de 2012.

Na apresentação, Calatrava tomou de lapiseira, pincel e tinta guache para desenhar esboços do Museu do Amanhã. “O visitante não vai apenas apreciar o museu. Ele também vai ter a experiência da luz, da vida, da natureza”, ressaltou o arquiteto, para explicar que o projeto vai permitir a reflexão da luz solar para parte interna do piso inferior do Museu do Amanhã.
Paixão pelo Rio
Além de ser considerado uma dos grandes profissionais do mundo em sua área, eleito em 2005 pela revista americana Time como uma das cem pessoas mais influentes do planeta, Santiago Calatrava também se tornou um apaixonado pela cidade do Rio de Janeiro.
Durante a apresentação, que contou com a presença de várias autoridades e personalidades da sociedade carioca, o arquiteto não se cansou de exaltar as belezas do Rio. “Eu fiquei impressionado com o visual da cidade em um entardecer no 'Mirador del Chines’”, disse, referindo-se à Vista Chinesa, na Zona Sul, um dos principais mirantes do Rio.
E a exuberância do Rio foi determinante na inspiração do arquiteto, que fez o projeto do Museu do Amanhã totalmente integrado à paisagem do entorno Píer Mauá, que inclui a Baía de Guanabara, o Morro da Conceição e o Mosteiro de São Bento. “Do interior do museu, o público vai poder contemplar, entre outras paisagens, o Dedo de Deus”, destacou Calatrava, referindo-se à montanha símbolo da cidade de Teresópolis, localizada a cerca de 90 quilômetros do Centro do Rio, na Região Serrana.
Uma foto computadorizada mostra como deve ficar o Centro do Rio depois de pronto o Museu do Amanhã.Uma foto computadorizada mostra como deve ficar o Centro do Rio depois de pronto o Museu do Amanhã. (Foto: divulgação)
Elevado da Perimetral será derrubado depois da inauguração do museu
Durante a apresentação, Santiago Calatrava afirmou que a demolição do Elevado da Perimetral, uma das obras previstas no projeto Porto Maravilha, da prefeitura, é “imprescindível para ligar o Centro do Rio, a Praça Mauá, ao Museu do Amanhã”. Entretanto, na coletiva para a imprensa, o prefeito Eduardo Paes disse que ainda não existe a verba para derrubar a Perimetral.
O secretário municipal de Desenvolvimento, Felipe Góes, esclareceu que a demolição do elevado da Elevado da Perimetral, bem como a construção de um túnel para substituí-lo, serão feitos através de verba captada junto à iniciativa privada. “A previsão é de que a obra comece no início de 2013, com duração de um ano”, explicou Góes. Com isso, o Museu do Amanhã deve ser inaugurado ainda com o elevado aberto ao tráfego.
O secretário frisou que o trânsito não deve sofrer grandes complicações. “Primeiro será construído o túnel sobre a Avenida Rodrigues Alves, que vai receber o fluxo da Perimetral. A obra do túnel vai ser realizada com o elevado ainda de pé”, afirmou.
O presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, ressaltou que o “Rio de Janeiro passa por um renascimento civilizatório”. Para ele, é importante construir empreendimentos culturais ao mesmo tempo em que se recupera a infraestrutura do Rio. “Quando você revitaliza a cidade, a área cultural tem que avançar junto”, concluiu.

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