O complexo nome do conjunto de estrelas vem da região observada, conhecida como "ultra deep field", com os números indicando a posição exata no espaço. Nesta região, o Hubble apresentou uma série de candidatas para astros mais distantes.
Após analisar as opções oferecidas pelo Hubble, a confirmação da condição de objeto mais remoto já observado veio após o trabalho de astrônomos usando o telescópio VLT (sigla para telescópio muito grande, em inglês) do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).
Com o instrumento, os pesquisadores mediram o desvio para o vermelho da gálaxia, estimado em 8.6. Essa classificação significa que o objeto existia há 600 milhões de anos após o Big Bang.
O desvio para o vermelho diz respeito ao estudo da luz emitida pelo objeto no espaço. A decomposição da luz detectada, a análise do espectro, é a técnica mais precisa para saber a distância da galáxia do Sistema Solar. A luz é dividida em suas cores componentes e traços de higrogênio e outros elementos são procurados. Em inglês, o nome do desvio para o vermelho éredshift.
No caso da galáxia UDFy-38135539, os astrônomos do VLT observaram a região durante 16 horas para chegar às conclusões.
Há 13 bilhões de anos, o Universo ainda não era totalmente transparente e muita névoa de hidrogênio preenchia o espaço. Essa massa absorvia a radiação ultravioleta emitida pelas galáxias então em formação. É a chamada era da reionização, ilustrada na foto abaixo.
Ela durou entre 150 milhões e 800 milhões de anos após o Big Bang e recebe este nome por representar o período no qual a "cortina de fumaça" de hidrogênio foi dissipada pela radiação ultravioleta, originada das primeiras estrelas em formação.
Astrônomos do VLT ainda afirmam que um objeto com redshift de 10 chegou a ser estudado, porém a análise não foi conclusiva. Grande parte dos astrônomos considera o número como inválido.
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