por Victor Bianchin
Eram espaços pequenos, localizados no topo das pirâmides, onde os reis realizavam alguns rituais. O templo era frequentado pelo rei, pela família real e por alguns súditos. As pirâmides maias eram fruto do grande conhecimento de matemática e arquitetura desse povo. Elas eram dedicadas aos deuses e não serviam como residência. Uma mesma cidade podia ter até dez pirâmides, dependendo da área ocupada. Na cidade de Chichén Itzá, no México, estão localizadas El Castillo e outras seis pirâmides. "Mas existem mais, que estão totalmente destruídas e que ainda não foram estudadas", afirma Alexandre Guida Navarro, historiador e pesquisador da Unicamp e da Universidade de Yucatán. A civilização maia ocupou o território onde hoje ficam México, Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras, na América Central, e surgiu por volta de 1800 a.C. Os maias viveram seu auge entre os séculos 3 e 10, mas acabaram dominados pelos espanhóis no século 16. Até hoje, arqueólogos já encontraram mais de 400 cidades de tamanhos variados e acredita-se que existam ainda várias outras ocultas sob as florestas, à espera de novas escavações para serem descobertas.
Arquitetura e construção
Arquitetos experientes, maias calculavam até a forma como as sombras se projetavam
NO TOPO
Na parte de cima das pirâmides ficavam os templos, que eram bem escuros e podiam ter uma ou mais salas. Aqui eram realizados rituais de sangria, em que os reis perfuravam as orelhas, a língua e até o pênis em oferecimento aos deuses. Esse era um rito comum quando o rei tomava posse
PÁ DE CAL
Elas eram feitas com pedras de calcário, material abundante na região, que eram transportadas sem o auxílio de animais - acredita-se que elas eram transportadas em troncos de madeira, que iam rolando com a ajuda de cordas. Para grudar as pedras, era utilizada uma argamassa feita com o próprio calcário, triturado e misturado com água. Não se sabe se as pirâmides eram construídas por escravos ou trabalhadores remunerados
SOMBRA DA SERPENTE
Em El Castillo, um detalhe arquitetônico homenageia o deus Kukulcán, uma serpente com plumas. A construção da pirâmide foi feita de maneira que, nos dois equinócios do ano (datas em que o dia e a noite têm exatamente 12 horas de duração cada), os raios de Sol projetam a sombra de uma serpente nas laterais da escadaria
DATA DE VALIDADE
Os maias tinham dois calendários, e os primeiros dias de cada um só coincidiam a cada 52 anos. Esse período era considerado um tempo de renovação para eles, e era comum que os maias destruíssem as pirâmides para construir menores no lugar ou erguessem novas pirâmides em cima de outras. Na pirâmide de El Castillo, há 52 painéis nas laterais, em homenagem ao número simbólico
DESSA VIDA, TUDO SE LEVA
A maioria das pirâmides maias também era usada como tumba dos reis, que eram enterrados com todos os seus pertences, além de ornamentos feitos de jade, pedra que representava a vida. Também era comum que fossem enterrados com animais e humanos sacrificados em homenagem aos deuses e, às vezes, eram mumificados
X DA QUESTÃO
Os maias eram grandes matemáticos, e isso pode ser visto no jeito como construíam suas pirâmides. El Castillo é inclinada em exatos 45º, e seus quatro lados são voltados para os pontos cardeais. Cada uma de suas escadarias tem 91 degraus e, contando a plataforma de cima como um último degrau, a soma é 365, o mesmo número de dias do calendário solar
• O topo dos templos podia ser decorado de duas maneiras: com cresterias, ornamentos que formavam o cume da pirâmide, ou, como em El Castillo, com adornos menores, chamados almenas
Mapa dos Maias
Veja onde ficam algumas das mais famosas pirâmides maias
Uxmal 25 km2
Pirâmide famosa Pirâmide do Mágico
Chichén Itzá 35 km2
Pirâmide famosa El Castillo
Calakmul 56 km2
Pirâmide famosa Estrutura 2
Tikal 60 km2
Pirâmide famosa Templo I e Templo IV
Caracol 30 km2
Pirâmide famosa Pirâmide de Caana
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